28/11/2007 10:11 - 554 exibições
YouTube rejeita pedido de monitoramento de vídeos
O popular portal de vídeos YouTube rejeitou os pedidos de que fosse monitorado o conteúdo de todos os vídeos recebidos para publicação, classificando a ação como inviável.
O pedido foi reforçado após o caso de Pekka-Eric Auvinen, estudante de 18 anos que matou oito colegas e se suicidou em uma escola em Tuusula, na Finlândia, horas depois de ter utilizado o YouTube para publicar seus planos de ataque.
O assassino enviou, sob um pseudônimo, detalhes de seus planos com imagens dele próprio apontando uma arma em um vídeo que foi removido horas após os assassinatos.
Segundo o site The Guardian, Peter Fleischer, do conselho de privacidade da Google, proprietária do YouTube há um ano, afirmou que não há planos do envio de mais informações para a polícia a respeito de possíveis ameaças.
"Logisticamente nós não poderíamos fazer uma pré-exibição", afirmou acrescentando que a Google não quer virar uma censora da web. A triagem de todos os vídeos enviados ao YouTube seria inviável, já que a cada minuto mais de sete horas de reprodução são enviados ao sistema.
Para Fleischer a privacidade é vital, mas em alguns casos deve ser quebrada. "Se fosse pornografia infantil então informaríamos às autoridades imediatamente. Em caso de alguém fazendo um vídeo que pareça conter mensagens de ódio, entretanto, apenas removeríamos a conta. Na maior parte destes casos, não reportamos.", explicou.
O trabalho de verificação hoje é feito pelos próprios usuários, que podem indicar vídeos preocupantes, com conteúdos tais como pornografia e violência. Moderadores então decidem o que fazer com o material, sendo que a maior parte deles é removida do sistema em minutos.
Atualmente o YouTube possui um filtro automático que verifica se os vídeos contêm abuso de crianças e também previne a inserção de material com direitos autorais reservados.
