CONVOCAÇÃO ENCONTRO DA ABRAÇO-MG - 13 de dezembro – CRP-MG
CONVOCAÇÃO ENCONTRO DA ABRAÇO-MG - 13 de dezembro – CRP-MG
Com o objetivo de reorganização da entidade e tirar delegados para o Congresso Nacional, que ocorrerá de 14 a 16/12/2007, em Brasília-DF, a Abraço MG convoca seus associados, demais rádios, televisões e jornais comunitários movimentos sociais e populares e entidades parceiras que queiram se somar a esta causa, para o Encontro que acontecerá dia 13/12/2007, no Conselho Regional de Psicologia-MG, Rua Timbiras, 1532 – 6º. andar – Centro – BH.
09:00 h - Credenciamento
11:00 h - Plenária Congresso Nacional e Organização da Abraço MG
13:30 h - Almoço
14:45 h - As Rádios Comunitárias e a Construção de um Sistema Público de Comunicação 16:45 h - Intervalo
18:30 h - O Movimento Social e a Luta pela Democratização da Comunicação.
22:00 h - Partida da Delegação para o DF
CANDIDATOS A DELEGADO, SUPLENTE E OBSERVADOR DEVEM VIR PREPARADOS PARA VIAJAR PARA BRASÍLIA-DF
Muita polícia e pouca justiça, os males do Brasil são!
Em uma conjuntura em que cerca de 5.000 radiodifusores populares comunitários foram condenados judicialmente dentre 20.000 processados, os quais tiveram seus equipamentos seqüestrados nos últimos 5 anos, o Estado brasileiro foi o principal responsável pela repressão ao povo deste país, também inviabilizou qualquer avanço na legislação no sentido de reconhecer a comunicação como um direito humano, geral e irrestrito e não apenas de uma elite privilegiada que domina um inconstitucional oligopólio dos meios de comunicação.
Uma vítima particular desta truculência foi a Presidente da Abraço-MG e da Rádio Mulher de Uberaba, Maria de Fátima Gomes. Além de sofrer seis processos, ela teve um pedido de prisão preventiva. Igual terrorismo de Estado sofreu também o afrodescendente e portador de deficiência visual Roberto Emanuel, Presidente da Anadefi – Aliança Nacional dos Deficientes Físicos, mantenedora da Rádio Comunitária Constelação de BH, condenado a dois anos.
Se o processo de digitalização da TV ocorreu sem a devida e necessária discussão com a sociedade, a do rádio estava se dando sem nenhuma. A permanecer a tese dos radiodifusores comerciais, estaremos decretando a extinção das rádios comunitárias e mesmo das emissoras comerciais e educativas de baixa potência, em função de elevado custo do transmissor, dentre outros fatores. Este fato foi combatido fortemente pela ABRAÇO, academia e movimentos sociais que lutam pela democratização da comunicação, criando-se uma abertura para que seja mais discutido.
O conceito de público adotado pelo governo, tanto para a TV, quanto para o rádio, do ponto de vista dos movimentos sociais, aplica-se melhor para emissoras estatais. Entendemos que se trata de uma visão de mundo em que o único sistema verdadeiramente público, adotado pelas rádios comunitárias, fica impedido de existir, em função da perseguição que é feita de todas as formas possíveis.
Com uma mão, o governo cria um conselho de notáveis para gestar a EBC – Empresa Brasileira de Comunicação, chamando-os de “representantes da sociedade”, onde não há espaço para os verdadeiros representantes do trabalhador, usuário da mídia, movimento negro, movimento de mulheres, de índios, diversidade sexual, etc. Com a outra mão persegue, agride, prende, reprime, seqüestra equipamentos adquiridos pela poupança popular, por trabalhadores e cidadão honestos, organizados em associações comunitárias, sendo obrigados à prática da desobediência civil, em função do Estado não atender aos milhares de processos que mofam no MinCom.
Só merece o dia quem teve a noite
Não adiantou o coronelismo eletrônico e as forças para quem eles servem, querer exterminar-nos “como erva daninha”. Somos gente, gente que tomou consciência e que volta a se organizar em MINAS e no Brasil para continuar OCUPANDO, PRODUZINDO E TRANSMITINDO. Pois as emissoras populares são nossa contribuição na luta pela construção de um Brasil mais justo e igualitário.
